30 de dez. de 2015

Mais um ano novo (ou não?!)

Já descrente nesse ano que começa... já cansada de ler e desejar tanta frase pronta ...
 Tenho pensado que quando a desesperança e o desespero é tanto ... apela-se para a mágica do ano novo, e de que tudo é capaz de acontecer. Penso que é muita confiança e energia depositada num só dia...!!

Mentira!!! Invenção da modernidade!!!

Só mais um dia ...
Só outro dia ...
Mais uma festa ...

Estou cumprindo as normas do jogo: retribuindo mensagens, separando a roupa branca, tentando fazer aquelas listas mentalmente, ... Mas sem fé nenhuma ...
Amanhã eu acordo e magicamente os problemas continuam ... E aí?!
Vai ser assim no 1º de janeiro, no 10 de fevereiro, em 20 de março, ... e assim por diante!

Para 2016:

Persistência para fazer todo dia um 1º de janeiro ... afinal, todo dia é dia!

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19 de dez. de 2015

Frase (roubada) da semana!

"...e foram oficialmente felizes"

Bárbara essa expressão ...
Passível de várias discussões ... de diferentes pontos de vista ... mas no momento só vou digitar umas linhas sobre casais que optam em ficar juntos independente do sentimento que os uniu em algum momento da vida ...

(Nem vou discutir o que é ser feliz...)

"Foram oficialmente felizes" me passa ideia de aparência ... de casal que mal conversa em casa,... e distribui sorrisos e piadas no almoço em família, na janta com os amigos, na reunião da escola, no domingo no parque, ...

Essa é uma das escolhas que se faz, ... e pouco se comenta por aí ... Ninguém sai por aí gritando: " Não estamos bem, ...mas resolvemos ficar juntos por algumas conveniências". Nem postam fotos de cara amarrada e braços cruzados ... Bem pelo contrário, conheço uma pá de gente que posa de casal de comercial de margarina ... Talvez de alguma forma isso deve amaciar o ego, e se conformar com a situação escolhida (quanto mais curtidas, menor a culpa...kk) ... sei lá!

Na verdade é uma opção com prazo de validade estabelecido ... Se coloca em jogo todos os interesses e condições,... e quando o amor próprio fica demasiadamente esmagado, pedindo socorro, aí é hora de repensar outras alternativas ...

Quando as tem ...ótimo!

Meus avós optaram por viver assim... separados ... de corpo e alma...mas sob o mesmo teto, brigando, discutindo, quebrando pratos por uma vida toda (mais de 50 anos) ... isso é vida? Por um lado eu tinha um vô e uma vó na mesma casa ... e pra minha infância, foi brilhante... e para os outros lados? Meudeus!!! Antigamente isso era muito comum ...

De qualquer forma, por mais que se pondere as circunstâncias, os envolvidos, optar por estar junto só por estar é um erro... Fato!!! ... Sangue frio, estômago e coragem para levar adiante uma situação dessas ...

"...e foram oficialmente felizes"
- para sempre?
-nunca!





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1 de dez. de 2015

Re-la-cio-na-men-tos

Adoro os testes que as redes sociais propõe... Óbvio que eu sei que não tem nenhum fundo de verdade, mas por vezes iludem um pouquinho, por outras vezes coincidentemente acertam, ... e tudo que acaricia o ego merece um pouquinho de atenção!

E entre os testes, sempre há diferentes maneiras de fazer uma retrospectiva de 2015, ou seja através de fotos, postagens feitas, curtidas, ... bla bla blá! E mesmo que a gente caia nessa através de alguns cliques, lá no fundo, bem lá no fundo, já tecemos uma opinião para as possíveis respostas ...

Uma palavra para 2015?
R E L A C I O N A M E N T O

E não é só uma postagem sobre vida a dois... mas todos relacionamentos ... família, trabalho, quadra de vôlei, virtuais,... todos !!!

2015 foi prova de fogo para testar todos os tipos e formas ...
Líquidos, gasosos e sólidos... Sempre nos fazem aprender um pouco mais sobre ...
E essa fórmula de ser legal com todo mundo, evitar o conflito, diplomacia em excesso, ... transformam o eu em algo quase irreconhecível, e por vezes nojento!
E aos quase 40, com praticamente (e teoricamente) com a vida estabelecida ... aparece um ano qualquer (esse 2015!!!) e transforma tudo em incertezas, verdades hipócritas, desequilíbrio total!

Nem discuto a lógica do pensamento, ou valores, ou condutas, ... mas o que é obvio para mim, nem sempre é para outro. Aprendizagem número 1 deste ano ... Seja nos aspectos pessoais, quanto profissionais.

As relações trilham caminhos inesperados, tomam vida própria, ... E, já quase acomodando nesta situação, a vida pede atitude. 

Ahhh, se não desse trabalho ... Seria muito mais simples, não sei se certo ou com previsão de ser feliz... Mas paga-se um preço (alto) por manter-se muito tempo na zona de conforto ... E assim vai passando: engolindo sentimentos, sapos e vontade ... e depois quando explode fica difícil reverter sem deixar marcas ...

Trilhando sempre ... mas chega um ponto que querendo ou não é preciso dar respostas...Porque abster-se de opinião por vezes facilita a vida, mas na sua maioria, complica ... filosofando do tipo "Ser ou não ser" ...

Por outro lado, é preciso pontuar as belezas de relacionar-se ...



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16 de nov. de 2015

Show do Legião Urbana

E o previsto era pra ir no Show em Porto Alegre ... e por um descuido a data 15 de novembro estava passando desapercebida, com show em NH... Sexta feira 13, rolando o cursor no facebook, me dei conta que não era preciso esperar mais um mês com um mega show quase do lado de casa...
Dito e feito ... ingressos na mão,...e uma ansiedade enorme!

Confusão no trânsito, quase uma hora pra estacionar, atraso pra começar,... poderia acontecer mais um terremoto,... nada abalaria a grandeza desse show. Quando entraram no palco, com os primeiros acordes de SERÁ ... não consegui segurar as lágrimas (isso que essa nem está entre as minhas preferidas).

Uma palavra?
INEXPLICÁVEL

Posso dizer que nessas duas horas de show pude ser intensa ... com direito ao choro e ao riso ... felicidade plena ... alma lavada! ... Uma viagem ao primeiro e último show no Gigantinho, 1992 (ou 93?) ... nostalgia e melancolia ...

Foram muitos sentimentos ... de uma só vez!
Fazia tempo ...estava precisando!




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5 de out. de 2015

Trilha dos últimos dias

A música é minha companheira inseparável ...e nos últimos anos tenho a me atrevido a ouvir coisas novas ... E no meio dos meus pensamentos e fatos das últimas semanas Tiago Iorc tem me acompanhado ... Uma delícia ouvir o álbum novo ..., E parece que alguns versos fora feitos sob encomenda !!!

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4 de set. de 2015

E agora?!



E agora menina?!
Cuidado com o que sonhas...
E de tanto pensar no impossível e
nas possibilidades mais enlouquecidas ...
Elas acontecem!!!
 E agora menina?!
Não sabe lidar com a imprevisibilidade,
nem com os fatos...
Muito menos com os sonhos
Mais uma chance para sair dessa
(talvez a última!)
E agora menina?!

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21 de ago. de 2015

Tentando entender...

"...movido pela curiosidade do novo e nao pela inércia..."


Copiado (sem autorização) do face de um amigo querido. Gostei. Identifiquei. Resumido numa única frase o que há tempo tento "verborragizar" (exsite?!). E a tal inquietação é isso (também): uma vontade louca de experimentar, provar, vivenciar, conhecer ... E é de um tudo: pessoas, lugares, roupas, músicas, histórias, coreografias, leituras, ... E nem sempre procuro, a impressão que tenho é que as coisas/situações aparecem ...surgem (do nada!)... e com um grande abraço quase faltam forças pra dar conta de tudo, mas o fôlego nunca falta ...  "movido pela curiosidade do novo e nao pela inércia"

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1 de ago. de 2015

Trocando as lentes


TROCANDO AS LENTES:


enriquecendo o olhar educacional  com as diferenças!


 


Ana Lucélia Dias[1]


Cristiane Schroeder[2]


Ivanize Honorato[3]


Natacha Scheffer[4]




“O seu olhar lá fora  O seu olhar no céu...”[5]

            A poesia de Arnaldo Antunes enlaça ideias acerca dos “olhares”, não só para a diversidade, mas para o que diverge do dito correto. O olhar em direção ao outro chega permeado de verdades de quem o lança. Quanta pretensão! Desconsidera-se a opinião, a crença, a cultura, a vontade, o corpo. E o preconceito impregna a todos, sem exceção: das ações politicamente corretas ao olhar impuro e sarcástico do cotidiano. Ignora-se a cordialidade, o respeito, e o mesmo o apelo que está tornando-se pauta midiática das grandes redes sociais: #somostodosdiferentes.

Ora, não apenas somos diferentes como a própria possibilidade da nossa existência justifica-se pelo que nos diferencia. Desde sua criação, há cerca de 20 milhões de anos, nosso Planeta evolui e se expande através da seleção natural das espécies. Através de inúmeros fósseis encontrados por paleontólogos descobriu-se a imensidão de seres que já viveram sob a terra e evoluíram ou extinguiram-se. As Eras Geológicas comprovam o desenvolvimento do Universo até a vida recente com o surgimento de novas espécies, inclusive os hominídeos, ancestrais dos homens.

            Nosso Universo vem sendo constituído pela diversidade e só existe a partir dela. Se não tivéssemos características biológicas, físicas e psicológicas diversificadas jamais haveria resistência da espécie humana às intempéries da natureza, por exemplo. Como podemos conceber então que em nossa vivência social devemos ser iguais e seguirmos afirmando padronizações que ignoram nossas características, desejos, possibilidades? 

  “...O seu olhar demora   O seu olhar no meu...”

            Viver em uma realidade social como a nossa, é desafiar diariamente a natureza diversa e diversificada da criação. Estamos em um contexto de sociedade cada vez mais plural, mas que ainda busca homogeneizar nossas relações, ações, reações e modos de existir.

            Entender e respeitar o que é diferente de nós, não são privilégios ou missões somente da escola. A lógica existente, dentro de um contexto sócio-histórico-antropológico, cria e alimenta certas normativas e aquilo que foge de um padrão pré-estabelecido passa a ser visto como diferente. Diferente do quê? De quem?

            Uma sociedade que homogeneíza não dá ao sujeito a possibilidade de construir habilidades necessárias para vivenciar a diversidade como algo inerente à condição humana. Habilidades essas tão necessárias, inclusive, para lidar com o próprio eu, por natureza diverso, diferente, único.

 A identidade da infância e juventude, que se elabora também a partir da saída do seio familiar e construção de outras referências com a inserção social principalmente através da escola, confronta-se com padrões pré-estabelecidos do que é ser criança, adolescente, menino ou menina. A fase de descobertas e infinitas aprendizagens é atravessada por experiências do mundo globalizado no qual brinquedo, brincadeiras, lazer,... estão mais para produto de mercado do que para as experiências. O consumismo, por exemplo, cada vez mais especializado nas faixas etárias iniciais, dita modos de vestir-se, estéticas aceitáveis, de como se portar para estar na “modinha”, do que possuir para ser considerado alguém.        

“...O seu olhar agora
O seu olhar nasceu
O seu olhar me olha...”

            A Escola, na contramão de sua herança enquanto instituição que deveria reproduzir o modelo social ao preparar indivíduos aptos para o trabalho, ganhou a crença de potente meio de transformação socioeconômica, capaz de formar sujeitos críticos, capazes de repensar sua realidade. Entretanto, frente à pluralidade presente nas salas de aula, educadores ainda oscilam entre avaliar os educandos a partir de metas padronizadas e evidenciar, nas particularidades, meios de aprendizagem e crescimento. O preconceito travestido de ação pedagógica procura no aluno o “problema”, as causas pela falta de aprendizagem e enquadramento nas práticas escolares. “Ele não aprende, ele não faz, ele não tem interesse, ele não se comporta, ele não...”

Os próprios arranjos familiares em que os educandos estão envolvidos passam pela preconcepção de como deveriam viver e educar seus filhos estando constantemente à sombra da máxima “são famílias desestruturadas!”. Sim, infelizmente são frequentes os casos de irresponsabilidade daqueles que deveriam responder pela segurança e cuidado dos menores. Contudo, não se pode ignorar que mesmo frente às inúmeras composições e formações familiares ainda precisamos discutir, e muito, o reconhecimento da noção de família para além da composição “mãe” e “pai”, “homem” e “mulher”.   

“...O seu olhar é seu...”

            Provocar trajetórias de aprendizagens para a diversidade carrega este ensejo: demonstrar o quanto “nosso olhar é nosso” e como vem carregado de verdades que até podem ser justas para nós, mas não absolutas. Ao olhar o outro, carregamos conhecimentos prévios, princípios, experiências anteriores que nos fazem falar sobre ele e muitas vezes torná-lo ser o que é.  Independente de bons ou ruins, ninguém está livre dos preconceitos, das preconcepções que construímos e com as quais nos relacionamos com o mundo.

As profecias auto realizadas e as crenças de que existem padrões a serem seguidos como corretos, incorretos, adequados ou inadequados, engessam nosso olhar diante daquilo que é diverso, diferente. Olhar a diversidade sob uma ótica de que a mesma é enriquecedora e plena de possibilidades, pressupõe que os padrões estabelecidos caíram por terra ou mesmo não são verdades prontas e este fato, decorre de uma ampla reflexão a respeito daquilo que se deseja ou acredita quanto à diversidade planetária.

Acreditamos, assim, que se o preconceito existe e constitui nossas relações, só o conhecimento é capaz de ampliar as lentes com as quais me disponho a olhar. A aprendizagem sobre outras culturas, a valorização das diversas formas de se fazer existir amplia a medida para a vivência da diferença de forma respeitosa e colaborativa, sem radicalismos ou sub-julgamentos dos demais. Mudança esta que está muito além de uma relação única com minorias ou defesa dos discriminados. Ao ampliar a maneira como vejo o outro, me refaço na forma como me percebo e me coloco como ser humano e cidadão.    

“...O seu olhar, seu olhar melhora
Melhora o meu...”

Arnaldo Antunes





[1] Licenciada em Pedagogia e Mestre em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. - UFRGS
[2] Licenciada em Pedagogia – Educação Especial, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS; Licenciada em Pedagogia Supervisão Escolar, pela FAPA - Faculdade Porto-Alegrense; Especialista em Educação Social pela UNISAL - Centro Universitário Salesiano de São Paulo; Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.
[3] Licenciada em Educação Física  pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS; Licenciada em Pedagogia, Especialista em Educação Infantil e Especialista em Educação para a Diversidade pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
[4] Licenciada em Pedagogia – Orientação Educacional, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS; Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA; Mestra em Educação pela  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS.
[5] Trechos da música de Arnaldo Antunes, O seu olhar, do álbum Ninguém, 1995.

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Ai que vontade de postar ...

Tem coisas que já nem precisa discutir mais ... Apenas aprender a conviver melhor com esta realidade: "as postagens de facebook". Não sou de postar todas refeições, ou realizar checkin a cada lugar que chego. E por mais que a tentativa de preservar-se seja maior que a vontade de postar ... sempre escapa algum sentimento, desejo, nas entrelinhas dos textos ou imagens... E o fato da rede não ser composta só de amigos ...(tem colegas de trabalho, alunos, ex alunos, crianças, adultos, velhos, ... gato, cachorro e papagaio) há de se ter um cuidado mesmo! Nem sempre a postagem do facebook é algum tipo de desabafo, às vezes só gosto de como foi dito, o uso criativo das palavras, a escolha das imagens. Não é preciso fazer sentido sempre!

Mas tem aquelas imagens que ficam arquivadas em alguma gaveta tecnológica, e que por hora, nestes "escritos secretos", posso postar. Segue uma lista de figuras que me traduzem um pouco  nesta minha fase de inquietude (será essa a tal crise dos 40?!).

 










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20 de jul. de 2015

Fui ali ser feliz e já voltei !!!

E depois de tantas queixas ... uma conquista! Nessa tentativa de ser mais eu, me arrisquei a dois dias de uma mega aventura. Bem isso: fui ali ser feliz e já voltei! Pode ser coisa simples pra muita gente. Mas ir para uma cidade desconhecida, participar de um workshop, e assistir apresentações de dança, pra mim, na minha atual situação, foi um grande avanço! E mesmo que as pessoas não falassem diretamente ... conseguia ler nas entrelinhas do olhar as perguntas: ... mas sozinha? e as crianças? ...ele vai deixar? ... Ou se as perguntas não estavam nas pessoas, elas estavam em mim ... E de alguma forma consegui me livrar desse peso ... do sentimento de culpa. Porque mesmo achando que eu deveria ir mesmo, essas interrogações ainda assombravam...
 
Quase dois meses pensando se deveria ir ou não, ... e aos 45 do segundo tempo decidi, ...sem pensar muito! Opa !!! Pensando sem pensar ... Contraditória?! ... Pode até ser ... mais que isso, vivo tempos de inquietação, reflexão e experimentação. Ação: Era o que faltava! ... Muitas doses de coragem pra decidir ...
 
Ainda em dúvida sobre o melhor desses dois dias: a sensação de liberdade ou a dança.
E não é que no dia do embarque quase desisti?! ... Vôo cancelado, e passados 3 horas, minha insistência no balcão,  e nessa aventura, tudo se resolveu! Por vezes vinha o pensamento mais óbvio para o momento: ... deve ser um sinal avisando pra não ir! ... Que nada!!! Finge não escutar mais essa voz que tentava me enquadrar no molde que eu não caibo mais !!!
Frio na barriga ...quando cheguei em Curitiba ... quando caminhei pela cidade pela primeira vez ... quando me apresentei no hotel ... quando entrei no quarto ... quando fui pro Teatro Positivo ... Ufa !!! (não sei explicar mais q sensação era essa!!!) ...
E logo encontrei duas meninas (já mulheres) ... que foram minhas alunas na quarta série em 1997 ... Vejam só !!! Bem quando comecei a trabalhar com dança: de uma atividade em sala de aula, apreciada pelos alunos e direção, e que no ano seguinte transformou-se em projeto de dança na escola.
De fato ... Nada é por acaso! Frase pra lá de clichê, mas no momento não cabia outra: no meio dessa minha inquietude toda, do desejo de voltar a trabalhar com dança, e do encantamento por tudo que envolve esta arte ... Encontrar com esses anjos só me fez acreditar que aquele era o lugar que deveria estar ...e que realmente valeu a aposta!
Quero mais ... agora que experimentei que é possível ...
Sinto necessidade de novas aventuras, de novos frios na barriga, ... É isso que é a vida!
Fui ali ser feliz ...e já voltei!
É fato que valeu a pena ... toda a ansiedade e arrepios ... Mas e agora?!
(suspiro profundo...)
 
 
 

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1 de jul. de 2015

Só mais um mimimi

Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto
 
E por muitas vezes tenho me queixado dessa mania de sabotar-se ... de deixar-me de lado enquanto há um enorme desejo de realizar coisas ...  (que eu já nem se bem o quê!)... Já consciente dessa auto vitimização ... e tentando pensar perspectivas (ainda que utópicas, ... neste momento) ... Me propus a algumas doses de coragem e pílulas de amor próprio que devem fazer florescer o poder das minhas vontades.
 
Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro
 
Esse é um dos erros, acho que não só das mulheres, ... mas de quem opta pela vida em família : o eu passa a dar lugar ao nós, sem que nos demos conta da perda, não só da identidade, mas também do prazer, alegria, da satisfação em realizar-se em questões bem pessoais... Não que o nós não seja importante, ... e é!!! ... mas desprender-se do eu sem pena nenhuma ... é quase um suicídio !!! Só mesmo o tempo pra fazer pensar assim ... não sei nem se é a maturidade, ou só uma fase egocêntrica... Enfim ... São escolhas!!! ... Se certas ou não ....só o tempo ...

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero
E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber
 

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30 de mai. de 2015

Maternidade

Mãe de dois ...e já passados 5 anos da primeira experiência, já me atrevo a falar sobre os discursos da maternidade. Até então, as falas de amigas e colegas de trabalho eram todas rosadas: permeadas de romantismo, amor em excesso e perfumarias rosa choque. Sinceramente não lembro de pessoas falando de uma outra perspectiva, não tão otimista, na minha ingenuidade, julguei existir só o lado feliz da moeda.
Ao parir a primeira vez, imaginei que no segundo seguinte ao choro de estréia seria uma nova mulher, conforme ouvia até então. Não foi o que aconteceu... E à medida que passavam os dias tentava me adaptar ao meu novo estado... Que não era cheio de graça, nem cor-de-rosa ... Tinham muitas cores e humores!!! ... A dificuldade de amamentar nos dois primeiros dias, o sono interrompido a cada três horas, a decisão de ir e vir que não era mais só minha, a tarde planejada no shopping nem sempre acontecia da melhor forma, as minhas escolhas que já não dependiam só de mim, meu direito de ir e vir sem precisar dar satisfação nem justificar, ... Enfim, ... muitas mudanças!
 
Que faz parte da maturidade ...
Que com filhos já não estamos mais sozinhos ...
É só uma fase, e daqui a pouco vou sentir saudades e dar risadas ...
(...)
Tudo isso já sei ... Mas precisava ser tão dolorido?! E além do processo, o que sufocava era a cobrança interior de como lidar (sozinha!) com esses pensamentos... que por muitas vezes os considerei fora do normal, pecaminosos e vergonhosos.

E era inevitável pensar:
O que vão pensar de mim, se souberem que estou pensando isso?
É pecado?
Será que não nasci para se mãe?
 
Choro em silêncio, quase sem lágrimas... e a briga interna destes sentimentos com o que a sociedade nos aponta sobre o que ser mãe.
 
Sobrevivendo, ... agora bem menos dolorido... Vivendo cada tempo a seu tempo as dores e as delícias da função ... Compreendendo que tudo faz parte, que é normal, humano. Só não entendo (até entendo!!! ... mas daria uma outra discussão a partir dos estudos de gênero!) porque as mulheres se privam de falar o que realmente pensam ou sentem sobre as primeiras experiências com esse mundo novo!

Ser mãe é um exercício construído, desde a gestação e a cada dia mais um pouco! Compreender que este processo nem sempre é harmonioso é o canal pra não pirar diante de tantas mudanças, e interrogações que surgem.

Já não é possível imaginar os dias sem os olhares, os sorrisos, as conversas, os carinhos,  as experimentações ...Ser mãe é tudo de bom!!! ... E atravessaria tudo de novo, ...com certeza!

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8 de mai. de 2015

Na trilha... Ivanize Honorato

   Playlist no YouTube ...




Música é fundamental! Boa música então, ... nem se fala!!! Tem muitas que são especiais... me lembram momentos, fases, pessoas,... ou são especiais só porque existem, ... sem muita explicação!!! ... Com essa mania de trilha pra tudo, ... segue a minha coletânea !!!



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21 de abr. de 2015

E quando as letras do Renato fazem sentido ...

"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso ..."
"Quero me encontrar mas não sei onde estou..."
"Até bem pouco tempo atrás....
Poderíamos mudar o mundo
Quem roubou nossa coragem"

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza
Das coisas com humor
. "Nada mais vai me ferir...é que eu já me acostumei
com a estrada errada que eu segui ...com a minha própria lei"
"E quando vejo o mar...
existe algo que diz...que a vida continua e se entregar
é uma bobagem..."
"Tudo é dor ... e toda dor ... vem o desejo ...
de não sentirmos dor"
"Eu sei é tudo sem sentido ...
Quero ter alguém com quem conversar...
Alguém que depois ... Não use o que disse
Contra mim"

Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais

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3 de abr. de 2015

Rascunho de um memorial


Histórias, Trajetórias e Aprendizagens

 

            Sou professora desde criança. Aos três já havia decidido, e no meu imaginário, a rotina escolar tomava forma com as bonecas, giz no guarda-roupa e material escolar. A oficialização da profissão veio só aos dezenove anos, com a formatura do magistério. Três meses após a cerimônia, mais precisamente dia primeiro de abril, ingressava no serviço público em São Leopoldo. E o que parecia brincadeira de criança, um tanto idealizada e romantizada no ensino médio, não se mostrou tão fácil. Distorção idade e série, crianças em situação de vulnerabilidade social, falta de desejo em aprender, indisciplina,  entre outros elementos que não faziam parte dos meus planos, fizeram me deparar as minhas fragilidades em lidar com uma realidade tão distante do que foi construído desde a infância. Com todos os motivos para desistir já no primeiro mês, tomei como desafio e segui em frente. Em pleno auge do construtivismo, conceitos confusos e tentativas de práticas inovadoras, em meio àquela realidade e temas geradores, fui sobrevivendo. E julgando estar pronta, precisei, às duras penas, desconstruir uma imagem, para construir um novo jeito de ser professora. E aprendi a aprender, com as crianças, com o fracasso, com os pares, e nas pequenas conquistas. Os primeiros anos foram difíceis, despir das minhas verdades para encontrar outras incertezas que só no cotidiano da sala-de-aula poderia comprovar. Esse é um dos legados do magistério para a vida.

            No mesmo ano que ingressei na rede municipal, em 1996, iniciei a graduação em Educação Física na Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Embora o curso fosse licenciatura, as disciplinas relacionadas a avaliação física, cinesiologia, ginástica para academia, mostram possibilidades de trabalho fora da área escolar. Estudava para essas disciplinas o suficiente para atingir a nota mínima, e as disciplinas relacionadas a recreação escolar, dança, didática, teorias da aprendizagem, me fascinavam, pois conseguia relacionar com a minha prática, e de certa forma contribuíam no meu planejamento e na construção da minha identidade docente. Em sala-de-aula comecei a usar mais o lúdico, apostar nas atividades corporais, e assim consegui estabelecer um vínculo maior com as crianças. Outra aprendizagem nesta trajetória: a afetividade é um importante elemento no processo da aprendizagem.

            Sempre atuei em turmas de educação infantil, a antiga pré-escola, me intrigava a ruptura feita desta modalidade para o ensino fundamental no que diz respeito ao tempo destinado ao brincar e às atividades lúdicas. Percebia que o vínculo construído na relação professor aluno iniciava neste espaço que a professora abria. E como proposta de trabalho de conclusão de curso fui pesquisar e analisar a formação docente no que diz respeito a corporeidade.

            Mesmo depois de formada, continuei atuando em turmas dos anos iniciais, especialmente em turmas de educação infantil e alfabetização.      A minha facilidade em se adequar em diferentes situações e desafios me fizeram experimentar diferentes cargos. Coordenei grupos de dança e teatro, projetos de meio ambiente e esportes, laboratórios de estudos de recuperação, secretaria e supervisão pedagógica. Neste mix de atividades diferenciadas, fiz parte de  um grupo de professores que recebeu a formação do MEC intitulada “A cor da cultura” que tinha por objetivo apresentar a lei 10.639, bem como material didático próprio para o trabalho das questões étnico culturais. Por ser a única representante na minha escola, tinha como dever repassar o conteúdo apresentado no curso, e no ano seguinte assumi a coordenação do projeto Identidades, que tinha por objetivo subsidiar professores com material para desenvolver a temática, bem como atuar nas turmas com atividades que despertassem para o respeito às diferenças, especialmente as étnicas.

A literatura infantil foi um importante aliado neste processo. Nesta época ainda não haviam muitas opções, então a história Menina Bonita do Laço de Fita, da Ana Maria Machado, era contada e recontada, ora através de fantoches, ora só contação.Os alunos simpatizam bastante com a personagem principal visto que muitos tinham o mesmo tom de pele. E até hoje lembro o que eu fazia com a história: ao mostrar a capa do livro, antes mesmo de iniciar a contação, apontava para a menina e enfatizava a cor da pele, que era como a minha e apontava para outras crianças negras, e explicava que ninguém deveria ser superior ou menosprezar uma pessoa por ter esta característica. E que os negros, foram escravos, sofreram muito, ... bla, bla, blá.

Com o tempo, e a reflexão da prática, tive a oportunidade de rever conceitos, desconstruir a idéia de que para tratar sobre negros não é necessário partir da sua condição de escravo. E ao concluir a segunda graduação, em 2010, Pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisei sobre a contribuição da literatura infantil com personagens negros na constituição da identidade de crianças da educação infantil. A escolha da temática não foi por acaso, uma construção desde a metade do curso, bem como um projeto aplicado numa turma de cianças de 4 e 5 anos. Nesta escrita, já posso afirmar que a escolha dete trabalho se deu muito antes do ingresso na Pedagogia. O trabalho intitulado A cinderela pode ser negra? Construindo identidades de crianças negras numa turma de educação infantil foi transformado num artigo e apresentado no IV SBECE.

No mesmo ano da formatura, ingressei na rede municipal de Porto Alegre, e por coincidência, ou por ação do destino, a escola a qual fui designada, tem um histórico de mais de 20 anos no trabalho com as questões étnicas, sendo referencia entre outras escolas municipais, principalmente nos primeiros anos seguintes a constituição da lei 10.639. Ainda no meu primeiro ano como professora da EMEF João Antonio Satte, a escola lançou um livro de relatos de projetos realizados em sala de aula: Trança de Gente: diversidade e resistência na escola João Antonio Satte. Feliz por fazer parte deste grupo de professores que desenvolve projetos sobre história e cultura afro brasileira, que cumpre a lei 10.639  sem que ela se torne um fardo no planejamento, que acredita numa educação antirracista, enfim, tudo parecia simples e belo. Aos poucos fui percebendo que o trabalho desenvolvido na escola com esta temática era a paixão de alguns professores, que insistentemente tentavam contagiar outros professores no engajamento do trabalho.  E essas  discussões e planejamentos ocorriam nos intervalos, nos corredores, no bate papo virtual após o horário de aula, em todos horários possíveis, raramente nos espaços de reunião pedagógica. A lei 10.639; o pioneirismo da Escola João Antonio Satte no trato das questões étnicas raciais negras; a garantia de uma educação antirracista prevista no PPP; a edição do livro Trança de Gente; ainda não são dados suficientes que garantam uma proposta ativa para uma educação antirracista em todas as turmas.

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1 de abr. de 2015

Uma vida interessante ...

E quando as coisas não vão muito bem costumo pensar que as leituras que "caem" na minha frente devem fazer algum sentido, deixar recado, daquela classificação comum  que fazemos de que "nada é por acaso".
Ainda tentando acreditar em dias melhores o texto do Calligaris propõe que tenhamos uma vida interessante  ...
Repensar metas, ideal de felicidade, vida, ...



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e os 39...

Deixa,deixa,deixa
Eu dizer o que penso dessa vida
Preciso demais desabafar...


Cada vez mais perto dos 40 ... e o que sinto não sei se ainda faz parte do inferno astral, de má sorte, de escolhas erradas ou a famosa crise dos 40 que está chegando ... Um conjunto de coisas que tem me deixado cada vez mais insatisfeita... esperando passar ,,, mas por enquanto não vejo possibilidades
... Ecaaa ...
e se pudesse começar td de novo !!!
(suspiros)
E a lista de coisas pra fazer antes dos 40?! nada cumprido! ...
Tenho essa mania: de me deixar pra epois, tipo auto boicote

E cada vez que penso nos dilemas da vida, problemas, enfim, nesse emaranhado de sentimentos ... é preciso buscar uma foto (e uma força)  para que eu consiga manter a mente tranquila e ir sobrevivendo ...
Vai passar ... tentando crer que seja só uma fase!!!

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2 de mar. de 2015

Suspirando

Ai, ai, ... quero fazer tantas coisas... que faltam “Ivanize$” pra dar conta ...
Ando precisando ser mais eu!!!

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1 de fev. de 2015

Eu ... (sempre me identifico com algum texto da Martha)



Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos
...
Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão
Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci
Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante

Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar
Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei
Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.
___________________ Crônicas de Martha Medeiros

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