TROCANDO AS LENTES : enriquecendo o olhar educacional com as diferenças! Ana Lucélia Dias [1] Cristiane Schroeder [2] ...
Mais eles aparecem!!!
Alguém me ensina a mágica para reverter?
Discutir sobre políticas públicas no nosso país é sempre uma questão delicada. Cansados de ver e ouvir tantas barbaridades feitas com o dinheiro público, a crença na melhoria do país através das políticas públicas nos causa muitas descrenças.
O investimento em políticas públicas é fundamental para a diminuição das desigualdades sociais no Brasil. E acredito que a educação seja a base para tudo!
As desigualdades, também presentes na educação, refletem o tipo de sociedade que tem se constituído nosso país, onde o fator econômico ainda é determinante: quem tem mais, investe mais!
Visitando o site do MEC percebe-se muitos avanços neste campo... Mas analisando dados de regiões distintas do país, comparando com outras realidades, nota-se que ainda temos um grande caminho a percorrer., tanto na educação básica quanto no ensino superior.
Na busca por uma educação de qualidade, oportunizando igualdade de condições a todos tem se feito alguns investimentos, que vale a pena refletir sobre as cotas para afrodescedentes, a ampliação do ensino fundamental, a formação de professores, os programas de alfabetização, o PROUNE,...entre outros.
É necessário questionar-se se essas alternativas em diminuir as desigualdades estão realmente atendendo os interesses da população, especialmente das crianças... Ou estão sendo colocadas em prática apenas para diminuir os indíces, os números, as porcentagens... que podem "não pegar bem" para o nosso país...
Em época de eleição os "dados" são sempre lembrados...
São Leopoldo passa por um momento de construção: reorganizar os diversos setores da sociedade, através das conferências municipais, é um indício de que as coisas como estão, não funcionam bem. Transformá-la numa cidade educadora, em que todos seus segmentos, possam, de alguma forma intervir na educação, requer um novo olhar e mudanças também por parte da escola.
Ano passado ocorreu a 1ª Conferência Municipal de Educação, que possibilitou uma tomada de consciência das problemáticas encontradas na educação leopoldense, temas discutidos nas escolas, e levados para plenária com representação de todos segmentos da comunidade escolar.
Repensar o fazer pedagógico, a função social da escola nos dias de hoje, as concepções que temos de educação, infância e mundo são algumas das tarefas que temos enquanto educadores responsáveis e comprometidos com a educação.
Ontem organizamos uma tarde diferente na escola!
Estava bem divertido: tinha cama elástica, lanche, pintura,...e um teatro (muito divertido!), misturando bruxa boa, bruxa má e um papai noel... que no final da festa distribuiu presentes!!!
Os alunos ficaram muito felizes com o presente... mas tenho certeza, que com o passar doas nos vão acabar esqucendo o que ganharam... Mas não esquecerão dos momentos de alegria e entusiasmo que passaram...
E é pelos alunos, que a gente se fantasia, interpreta, "paga mico", se envolve, cansa, se estressa, ...e também se diverte, cresce, amadurece... mas vale a pena!!!
Estava muito legal!!!
Mas estabelecê-la como normal, ainda é difícil...
(mas não impossível!)
Ainda não dá para substituir pelo tradicional trabalho em grupo, em que a gente possa sentar, olhar nos olhos da colega, discutir, compartilhar idéias, construir e desconstruir opiniões... Mas precisamos nos acostumar com outras formas de buscar conhecimento e socializar... E é isso que tenho feito nas atividades propostas: aliar a questão tempo a esse novo ritmo de trabalho...
ECS8: recebi poucos e mails nesta atividade, conseguimos nos "encontrar", formamos um grupo de 4 pessoas... trocamos mensagens indicando blog e e mail... mas não continuamos a conversa a ponto de conhecer as expectativas de cada uma quanto ao PEAD...
ECS9: nesta atividade, conseguimos nos organizar melhor... mas o ponta pé inicial foi num encontro lá no Pólo,... fizemos as combinações, trocamos e mails, postamos no pbwik,... Mesmo com a correria do dia-a-dia (final de ano!!!) deu tudo certo!
"É impossível falar de Marx sem lembrar Engels. Este, foi um filósofo alemão que junto com Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Ele foi co-autor de diversas obras com Marx. Suas atividades políticas, intelectuais e militantes estiveram estreitamente ligadas."
"O tema da educação não ocupou um lugar central na obra de Marx. Ele não formulou explicitamente uma teoria da educação, muito menos princípios metodológicos e diretrizes para o processo ensino-aprendizagem. Sabemos que sua principal preocupação fora o estudo das relações sócio-econômicas e políticas e seu desenvolvimento no processo histórico."
(...)
"A obra destes autores constitui uma crítica fundamental à concepção burguesa do ser humano e de educação. Às concepções metafísicas e idealistas, que são fundamentalmente conservadoras, estes pensadores opõem a concepção materialista, histórica e dialética, isto é, interessaram-se pelo ser humano real em carne e osso, por seus problemas enquanto vivem em sociedade, visando uma transformação positiva e humanizante. Esta concepção dialético-histórica do ser humano toma como premissa fundamental o fato de ele não ser um dado, mas essencialmente um construir-se. Deste modo, a educação deve vir para corroborar esta construção que não é meramente teórica ou abstrata, mas real, prática."
(...)
"O ponto de partida da história, para Marx, é a existência de seres humanos reais que vivem em sociedade e estabelecem relações. Para ele a essência do homem é o conjunto das relações sociais. Assim, a corporeidade natural é uma condição necessária mas não suficiente. A humanização do ser biológico e específico só se dá dentro da sociedade e pela sociedade. Gadotti (1984) nos lembra que, para Marx, o homem não é algo dado, acabado. Ele é processo, ou seja, torna-se homem e, isto, a partir de duas condições básicas."
(...)
"Na sociedade capitalista contemporânea a educação reproduz o sistema dominante tanto ideologicamente quanto nos níveis técnico e produtivo. Na concepção socialista, a educação assume um caráter dinâmico, transformador, tendo sempre o ser humano e sua dignidade como ponto de referência. Uma educação omnilateral é o que continua fazendo falta em nossa sociedade. O atual sistema educativo, sobretudo no Brasil, vem confirmando o que se diz sobre reprodução, exclusão e dominação. Projetos político-pedagógicos até existem e são propostos, mas são postos em andamento aqueles que legitimam o sistema e não representam para ele uma ameaça."
"É extremamente pertinente a concepção educativa de Marx e Engels, pois sua proposta recupera o sentido do trabalho enquanto atividade vital em que o homem humaniza-se sempre mais ao invés de alienar-se e a educação é concebida, não como instrumento de dominação e manutenção do status quo mas, como processo de transformação desta situação."
Os trechos a cima, foram retirados do texto:
Considerações sobre a educação na perspectiva marxiana
Isabel Cristina (Sapiranga), Izolete (Alvorada), Ivete (Gravataí), Íris (São Leopoldo), Ilsa (Alvorada), Indianara (Sapiranga)
* visitar o laboratório de informática e conhecer metodologia aplicada, bem como as atividades construídas pelos seus filhos;
* apreciar um teatro apresentado pelos alunos da história Romeu e Julieta, da Ruth Rocha;
* discutir , a partir da mensagem a Semente e o Fruto, de que maneira eles têm cuidado das suas "sementinhas". Nesta atividade os pais sentaram em grupos para discutir e registrar suas respostas.
Deu um trabalhão pra organizar tudo! Pois, além de tentar organizar uma reunião diferente (esta é uma proposta da escola!!!) queríamos que os pais tivessem conhecimento sobre os temas que temos tratado em aula nos últimos tempos.
E tentar ensaiar um teatro onde todos que quisesse poderiam participar, envolvendo duas turmas de 1ª série... Imagine como foi!!!
Mas valeu a pena!!!
Na escola, não é diferente, as relações de dominação estão presentes em diversos setores e espaços, por mais democrática que esta instituição se entitule. Entre tais espaços, inclui-se a sala-de-aula. As relações de poder sempre existirão, mesmo com práxis modernas, horizontalidade na relação professor/aluno, pedagogias inovadoras.
Na última semana visitei alguns blogs, e percebi que não sou a única aluna que se depara com imprevistos e dificuldades. Como a nossa sala-de-aula, percebo nossa turma bastante heterogênea: algumas com as atividades em dia, outras com apenas uma publicação; diferentes maneiras de expressar-se, diversos entendimentos das atividades solicitadas; caminhadas diversas quanto ao uso da informática, ... e por aí vai!!!
Mas o que parece comum nos blogs que visitei é a criatividade, e a disposição em trabalhar!!!
Isso é muito bom...porque de certa forma anima, e dá forças para outras que ainda estavam meio sonolentas (como eu!!!).
Blog...
Um convite ao aprender, ... o aluno precisa se sentir seduzido pela aprendizagem, deve ser um momento prazeroso... E é isto que o blog proporciona: estímulo a curiosidade e criatividade, cooperação e interação.
Nossa!!!
Que estranho...essas não deveriam ser as características da professora?
Também, pois o blog é apenas um recurso (riquíssimo!!!), e para seu sucesso em sala de aula depende da sensibilidade, criatividade, pesquisa, planejamento, orientação da professra. Esta deve saber que o trabalho através de blogs é construído com o aluno, ou seja, ele é parceiro, e não apenas mero expectador!!
Ontem assisti ao filme Escola da Vida, e o protagonista da história resume algumas qualidades descritas a cima.
Duvida?!
Então está feita a sugestão de filme para o final de semana!!!
Leitura e questionário a aprtir do texto: A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora
1. Qual a posição de Durkheim frente ao que diz Stuart Mill?
Durkheim considera a definição de Stuart Mill muito amplo, não contemplando sua verdadeira definição:
2. Quais as duas definições ressaltadas por Durkheim? Explique o ponto fraco em que incorrem?
Kant define educação como a busca pela perfeição, ou seja o desenvolvimento harmônico de todas faculdades humanas. De acordo com James Mill, a educação deve objetivar a felicidade, fazer do indivíduo um instrumento de felicidade de si mesmo. O ponto fraco é desconsiderar as variações espaço temporais, tendo a educação como processo acabado, ideal, perfeito, propício para qualquer pessoa, sem levar em conta sua historicidade.
3. O que é preciso, de acordo com Durkheim, para definir educação?
De acordo com o texto para definir educação deve-se considerar os sistemas educativos de todos os tempos, levando em conta o que há de comum entre eles.
4. De acordo com Durkheim, que fatos levam cada sociedade a fazer do homem certo ideal, tanto do ponto de vista intelectual quanto físico e moral?
As crenças e condutas de cada sociedade irão determinar a construção do homem ideal, baseado em suas vivências, nas relações cotidianas, na cultura.
5. Segundo o autor, que função o "ideal" a ser realizado têm que suscitar na criança?
"Esse ideal, ao mesmo tempo uno e diverso, é que constitui a parte básica da educação. Ele tem por função suscitar na criança: 1) um certo número de estados físicos e mentais que a sociedade considera como indispensáveis a todos os seus membros; 2) certos estados físicos e mentais, que o grupo social particular (casta, classe, família, profissão) considera igualmente indispensáveis a todos que o formam. A sociedade, em seu conjunto, e cada meio social em particular, é que determinam este ideal a ser realizado."
6. A partir da definição "A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine" o que conclui Durkheim? Explique?
A educação consiste na socialização metódica das novas gerações.
7. Como o autor explica que sociedade e indivíduo são idéias dependentes?
Indivíduo e sociedade são termos relacionados na medida que um depende do outro para conceituar-se. Pois é através da sociedade que o indivíduo é capaz de olhar-se, e melhorar, para que a sociedade também melhore. Por sua vez, a ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação, não tem por objeto, ou por efeito, comprimir o indivíduo, amesquinhá-lo, desnaturá-lo, mas ao contrário, engrandecê-lo e troná-lo criatura verdadeira humana. Sem dúvida o indivíduo não pode engrandecer se não pelo próprio esforço. O poder do esforço constitui, precisamente, uma das características essenciais do homem.
E o que nós educadores estamos fazendo de concreto, frente a tudo isso e a outras questões que tal assunto provoca?